quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Blábláblá da madrugada

Eu deveria estar dormindo, descansando bem, já que amanhã é meu último dia de férias... mas não, claro que a dona insônia iria aparecer justo hoje pra espantar o sono, bagunçar os pensamentos e me torturar. Argh! Já vi que amanhã vou resmungar o dia inteiro. (Já peço desculpas aos amigos pelo tanto que vou incomodar.) E estou postando isso porque estou me sentindo sozinha na madrugada. Madrugadas podem ser um refúgio, um silêncio que acalma, mas na madrugada parece que as coisas tomam forma e ficam mais fortes e cruéis. Talvez seja por isso que quando crianças temos medo do escuro. Quando crescemos a noite deixa de representar um perigo, mas ainda pode ser cruel... pode trazer coisas mais assustadoras que os monstros que temíamos quando pequenos. A solidão da madrugada é diferente, é uma solidão que grita seus medos, seus erros, suas possibilidades. Acho que é por isso também que todo mundo faz besteira na madrugada. Eu escrevo. E quando escrevo na madrugada, geralmente, me arrependo depois. Colocar pensamentos em palavras tornam eles mais reais, mais ameaçadores. E aí você sabe que não tem  muita escolha. Ou encara ou ele vai te perseguir por muitas e muitas e muitas madrugadas.

Se uma coisa me acalma é, até agora, não ter tomado nenhuma atitude além de escrever blábláblá no blog. Passam das duas da manhã, o que pra mim é bem tarde em dias comuns. Vou desligar o pc antes que esse consolo deixe de existir. Vou ler, ler, ler e tentar não pensar demais. Amanhã já sei que vou acordar com dor de cabeça, com ressaca de insônia, ressaca de pensamentos, mas o tempo não pára, não espera a gente colocar as idéias em ordem, não espera a gente tomar decisões. Amanhã é um dia novo e meu sorriso estará bem aqui, como deve ser.

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